quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tereza Mota Valadares, 190, 7; BH, 02201102011; Publicado: BH, 01101002012.

Obtusamente de olhar oblíquo pensamento obsoleto
Tenta sobreviver mas é a semente que o semeador
Lançou nas pedras nos espinheiros nos áridos
Areais regado por chuva ácida tem a pele
Arrancada a carne viva exposta é escalpelado o
Corpo arrebatado para alimentar a matilha debate
Por modernidade luta por evolução o conturbado
Espírito a alma penada o ser indignado a sombra
Na treva o ente acorrentado não deixam o
Ressequido pensamento navegar em águas de
Serenidade afoga-se nas lágrimas sulfurosas
Perde os músculos os nervos as fibras o
Filamentos nos escuros escolhos dos recifes
Cortantes ao luar emanado da face da lua o
Esqueleto de marfim como se fosse escultura
Esculpida em mármore de linha nobre surfa entre
Tubos tubulações das ondas dos mares
Encapelados rejeitado por todas as mentes sem ser
Adotado por qualquer outro pensamento é o filho
Bastardo pródigo o defeito que todos querem
Esconder o aleijão que não há disfarce que encubra
Como grave moléstia monstruosa deformidade
Abre cavidades no intuito dum dia encontrar
Abrigo a caverna a gruta o útero de gestação não
Há nada nele que se pode crer não há letras
Palavras nem som nem o mais cristalino espelho
O reflete o mais sensível equipamento capta
Alguma vibração deste bizarro pensamento
Embrenhado nos meandros da imaginação

Nenhum comentário:

Postar um comentário