segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Patagônia, 927, 11; BH, 0310802011; Publicado: BH, 01º01002012.

Na Patagônia locomotivas passam
Desgovernadas trens de ferros Marias
fumaças vagões pranchas Todos sem
Destino são apitos de trens atrasados
Que vêm em marchas aceleradas
Cansados já das estradas de ferros
São comboios de máquinas mais
Máquinas de caldeiras elétricas a
Óleos são bondes mais bondes em
Seus trilhos a beirarem os abismos
Os ventos dão mil voltas em volta
Da terra nos trazem mais novidades
São ares renovados carregados de
Almas de espíritos de seres que são
Leves voam como névoa voa no ar
Todos dormem nos apartamentos nos
Departamentos a Patagônia está um
Pouco em silêncios só os ventos
Dialogam com a noite com as
Penumbras as sombras das quebradas
Das esquinas almas vivas almas
Mortas não importam são almas que
Visitam-se periodicamente como se
Saíssem dos cemitérios indigentes
Param os carros escuros nos escuros
Indiferentes não ouvem os gemidos
Carregados pelos ventos só o poeta
È o que tem o vento para lhe trazer
As canções preferidas as odes mais
Clássicas na Patagônia agora percebo
Que os ventos foram dormir

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