Para prender-te de vez
Na cadeia de meu coração
Não deixar que te percas
Encomendei um abará
Bolinho especial feito de
Massa de feijão cozido
Bem temperado com
Pimenta muito azeite de
Dendê palma como se
Fosse um preparado
Para uma divindade
Mãe filha de santa de
Terreiro para não ficar
Abastado nem muito
Atrapalhado assoberbado
De serviço encomendei
À uma boa baiana este
Especial abará que venho
Oferecer-te como se
Fosse para Iemanjá que
É para nunca mais te
Perder na hora de te
Beijar abarbar de leve
Tocar com minha barba
A seda de tua face ao
Igualarmos na cama
Na mesma altura
Abarcar então encerrar
Com tua alma cingir
Com os meus braços
Para alcançar-te toda
Com as minhas vistas
Monopolizar enfim
O teu coração assim
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