Quem quiser se abeirar de mim
Não precisa ter medo pode se
Aproximar chegar à beira do
Meu riacho rio não é um Tejo
Pode avizinhar-se que não trago
Perigo não sou uma abelha não
Produzo mel nem cera nem
Geleia real cera só nos ouvidos
Não sou um zangão zangado
Nem ferroo ninguém minha
Casa não é uma abelharia
Nem maribondeira nem
Vespeira nem casa de abelhas
Selvagens não sou abelheiro,
Ou abelhudo não trato de
Abelhas nem sou abelhado
Não quero abelhudar a vida
De ninguém nem bisbilhotar
Aos outros intrometer-me em
Assuntos alheios dos
Semelhantes nem investigar
Também não que não sou polícia
Apressar-me sim para amar
Devagar a viver a vida em paz
Não gosto de abelhudice
Bisbilhoteiro intrometido
Curioso indiscreto, que vergonha
Vou passar se alguém me chamar
Assim me preocupo mesmo a
Ponto de abemolar meu uivo
Assinalar com bemol as notas
Ou os trechos musicais para
Suavizar os gritos amenizar a
Ira que cresce em mim
Quando me confundem
Com o que não sou
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