Só no tempo da minha avó
É que se sabia fazer aberém
Bolo gostoso de milho
Também podia ser de arroz
Tudo bem moído depois
Assado no forno de barro
Ou do fogão de lenha
Envolto em folhas de
Bananeira que saudades
Da minha avó dos tempos
Da minha avó que
Saudades da roça
Da casinha de terreiro
Do pote com água no canto
Do café gostoso no final da
Tarde tarde linda de fazenda
Quando a aberração do sol
Dispersava a luz ao anunciar
O anoitecer hoje no extravio
Da memória até nos faz
Esquecer como se
Tivéssemos anomalia nos
Órgãos mentais como se
Fossemos animais não
Tivéssemos as funções,
Vitais de preservar nossas
Avós nossos avôs tios tias
Pais mães é aberrante a
Ideia de que não
Precisamos do nosso
Passado de nossos
Antepassados é mais
Um erro esse aberrar
Esse afastar da norma
Em tornar diferente
Enquanto o coração
Da gente busca na
Lembrança vestígios
Dos tempos de criança
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