Ao fazer um vestido bonito
Vestido de roda de baianas
Vendedoras de acarajés um
Vestido ababadado ao mandar
Pregar babados todo pregueado
Engomado vais adorar vais
Entrar na roda vais girar
Feito pomba-gira em noite
De batucada vais bater o pé
Alucinada numa dança
Desenfreada de alegria
Incontida ao fazer um
Vestido branco bonito alvo
Mais que a neve enfeitado
Com as estrelas do céu contas
Das areias do mar tão branco
Como a luz prateada do luar
Dentro dele vais resplandecer
Feito a beleza de Iemanjá
Em noite de oferendas em
Noite de ofertas de flores de
Iguarias que só na Bahia
Encontramos iguais vem
Então para os meus braços
Teu terreiro de cantorias
Teu altar de alegorias
Minha santa de devoção
Pois esse vestido bonito
É a minha salvação
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