Coitado do povo angrense,
Coitada de Angra e do natural
E do habitante; coitados de todos que
Vivem em cima duma usina nuclear,
Que a qualquer momento pode estourar
E gerar a síndrome da China,
Que vai anilar o povo,
Aniquilar a natureza,
Reduzir a nada a beleza;
Só mesmo um espírito anistórico,
Alguém contrário à história,
Capaz de construir em tal lugar,
Uma usina nuclear;
A minha vontade é de anodia,
Uma mania de falar,
Que consiste no dizer,
Obscenidades a essas pessoas;
Realmente é anojadiço
E de se anojar com facilidade;
É anojado e vergonhoso
E estarei sempre de luto,
Estarei sempre triste
E desgostoso enquanto existir
Por aqui e em outro lugar,
Uma usina nuclear;
Só um governo anojador,
Como esse nosso;
Só uma política de anojo,
De costume anojoso,
Para sustentar tamanha idiotice;
Parece que são anólenos,
Não têm braços para desligar os botões;
Sofrem de anisopia,
Desigualdade de visão nos dois olhos,
Que não os deixam ver a realidade;
Uma anísia total,
Ausência de íris nos olhos,
Que os impedem de observar,
A catástrofe que é a usina nuclear.
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