quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Com um aperitório da lâmina; BH, 0110602000; Publicado: BH, 02601002011.

Com um aperitório da lâmina
Com que os fabricantes de
Alfinetes igualam os arames,
Usei para igualar na minha
Vida, minh'alma com meu
Espírito; e com apero de
Prata e aperos de ouros, farei
Os preparos necessários para
Encilar um cavalo puro sangue,
De arreios de jaez e de pérolas;
E os caules que têm flores sem
Corolas, o apetalifloro esmagado,
Pelas patas do cavalo apichelado,
De feição de pichel, que ao
Apichelar na apicadura, não
Detonará o ponto de união de
Dois volantes nos trabalhos de
Armador; e para os que têm flores
Terminais, apicifloros colossais
E então o apiciforme mais elevado,
O ápice apiciliar que está inserido,
No espelho quebrado do outro,
Que tem em cada ponta de pedaço,
Que termina em cada ponta,
Com imagem de cadáver indicado,
Um vulto vulgar apontado,
Notado em cada lado do dilacerado,
Quebra-cabeça infinito, que jamais
Poderá ser montado e todos os
Reflexos se perderão e todos os
Sonhos possíveis descerão sobre
Nossas almas, silhuetas desesperadas
E cruas manchas de espíritos volúveis
De falhas e faltas eternas que outras
Vidas não completarão.

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