quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nunca fui aplausível e nada fiz de; BH, 0130602000; Publicado: BH, 02601002011.

Nunca fui aplausível e nada fiz de
Digno de aplauso verdadeiro ou de
Plausível para a liberdade e penso
Que nunca fui admissível pela sociedade
E aprovável pela burguesia e pela elite;
E sinto uma aplestia extrema,
Um apetite insaciável de poesia e
Fome canina por um poema,
Que me faça provar a mim mesmo,
Que não vou apodentrar vivo,
Que não vou me deixar apodrecer
E que um dia ainda,
Vou aprender a escrever e então
Bastar o meu estado apodrido,
Barrar tudo em mim que comece a apodrecer
E colocarei por terra meu apodador;
Nortearei aquele que me apodar,
Vencerei ao motejador;
Desprezarei ao meu escarnecedor
E o zombador não encontrará
Mais em mim motivo de zombaria
E vai só me respeitar;
Tanto como um aponogetonáceo,
Da espécime das famílias das Aponogetonáceas,
Pequena família de plantas monocotiledôneas;
E assim poderei evoluir mais,
Sentir todas as emoções,
Perceber todos os sentidos
E abraçar a glória da vida;
Sem ter o aplauso negado,
Uma palma sequer, todas abertas,
Em um tapa ou uma palmada
E nada terei que temer,
Nada terei que provar,
Sanção nenhuma terei que sofrer.

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