Todo escritor é como uma mulher grávida
A obra gerada como um filho também
Tem que passar por um período de
Gestação o escritor é como uma mulher
Em gravidade que quem engravida foi o
Universo foi o infinito todo escritor
Quando está grávido tem que parir
Nunca de cesariana sim de parto normal
Em qualquer estado da matéria ou meio
De elemento sou um escritor grávido
Com alma de puta promíscuo com
Essência de meretriz de ser devasso de
Ente infeliz nunca dei à luz nunca pari
Meus filhos e filhas continuam encruados
Dentro do meu útero entumecido nunca
Dei à luz aos monstros que me engravidam
Dos quais estou grávido de risco
Não querem nascer de mim não querem
Que seja mãe nem querem que
Seja pai tenho peito tenho seio
Tenho mamas inda secas mas que a
Qualquer momento podem jorrar leite
Para amamentar mel para alimentar
Fel para magoar um murmúrio que mais
Parece o latejar da pedra quando quer parir
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