domingo, 21 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 47; BH, 0100702012; Publicado: BH, 0210602015.

Nunca vou descobrir as rotas marítimas que os
Grandes navegadores deixaram assinaladas à
Flor d'água nos grandes mares e oceanos 
Nunca dantes navegados; nunca vou descobrir
Os cheiros dos passos desses marinheiros em
Cima das cristas das ondas por onde voaram
As embarcações e as naus e as caravelas;
Descobrirei outros caminhos mais antigos,
Com os rastos dos fenícios encrustados nas
Correntezas submarinas; descobrirei as rotas
Milenares traçadas pelas pegadas dos
Navegadores extraterrestres antes de serem
Extintos; e visitarei os planetas mortos de
Onde vieram tais seres; descobrirei essas
Órbitas espirais que me levarão aos antigos
Mundos desses fósseis extraterrenos e
Lavrarei meus registros nessas grandes
Navegações; farei pré-história e história
E entrarei para os anais das ciências
Universais; e comporei odes marítimas,
Odes triunfais a esses fósseis estelares e
Elegias tais às de Duíno aos anjos mortos;
E num futuro serei chamado de poeta, de
Trovador, bardo das grandes navegações;
Serei chamado de aedo, antigo cantador de
Odes, que entretinha os convidados nos
Banquetes e orgias aos deuses; nunca vou
Descobrir, mas um dia vou descobrir.

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