Ganhei a vida para escrever não perco
Tempo ganhei a vida para escrever
Escrevo a vida que ganhei aproveito
Até escrevo a morte que vou ganhar
Apesar de não conhecer bem nenhuma
Das duas à vida finjo à morte minto
Quando a vida não mais me querer a
Morte me quererá de mãos dadas
Braços abertos a morte não perde
Tempo também e quem vai de
Encontro à morte vai de vez não
Volta nunca mais como grasna o
Corvo mas da vida só quero viver
Para escrever da morte quero por
Não ter outro destino a não ser
Morrer ser psicografado quem
Pensa diferente, terá também o meu
Respeito como sempre o coloquei à
Minha frente mesmo quando sou
Desrespeitado vivo condicionado
Adaptado ao sistema numerado por
Todos os lados enquadrado preso
Cheio de senhas explorado pelo
Estado extorquido pelos bancos
Enganado caluniado pelos poderes
Mesmo assim violentado seviciado
Sodomizado escrevo feliz como se
Como se estivesse feliz como querem
Que seja ou nada acontecesse comigo
Como se não sofresse agressão da
Polícia que pago para me proteger me
Comete injustiça ganhei a vida para
Escrever mas não vou mudar o
Mundo de lugar nunca à pena
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