quarta-feira, 20 de julho de 2011

A morte ronda a toda hora; RJ, 0120501997; Publicado: BH, 0290702011.

A morte ronda a toda hora,
De cima para baixo,
De baixo para cima,
Da esquerda para a direita,
E da direita para esquerda;
A morte chega a qualquer momento
E sempre nos pega desprevenido,
De olhos abertos,
Ou de olhos fechados;
De um jeito, ou de outro,
Ela acaba por nos pegar,
Nos olha nos olhos,
Nos olha na cara,
Zomba e ri de nós;
Faz careta e cara feia,
Nos assusta e nos mete medo,
E nos faz sentir,
Fracos e desprotegidos;
Bate à nossa porta,
E entra sem pedir licença,
Sem ser convidada,
E nunca é bem-vinda,
E não sai do nosso meio;
A morte é triste,
Abusada e audaciosa,
Derruba aviões e afunda navios,
Destrói cidades, estados, países,
Acaba sociedades e civilizações;
Destrói ônibus e comboios,
A morte é inesperada,
Nunca entra em nossa cabeça,
A ideia de aceitar assim,
A presença da morte;
Sinto até um tremor,
Ouço os passos dela através da cortina.

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