Do taquaral á sombra, em solitário furna,
(Para onde, com tristeza, o olhar curioso alongo)
Sonha o negro, talvez, na ecuridão noturna,
Com os límpidos areais das solidões do Congo.
Ouve-lhe a noite a voz tristíssima e soturna,
Num profundo suspiro, entrecortado e longo;
É o rouco, surdo som, zumbindo na cafurna,
É o urucongo a gemer na cadência do jongo.
Bendito sejas tu, a quem, certo, elevemos
A grandeza real de tudo quanto temos!
Sonha em paz! Sê feliz! E eu que fique de joelhos:
Sob o fúlgido céu a relembrar, magoado,
Que os frutos do café são glóbulos vermelhos
Do sangue que escorreu do negro escravizado.
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