quinta-feira, 16 de junho de 2011

Num terreno anexo à uma igreja; BH, 0260601999; Publicado: BH, 0160602011.

Num terreno anexo à uma igreja,
Pode ser situado em frente,
Ou em um dos lados, ou fundos,
Não importa, quero num adro,
Para poder construir um dia,
Um pequeno e simples cemitério;
Que não me faça lembrar,
De nada que foi aqui,
Este mundo e esta vida,
Cheia de dor e de ansiedade,
Angústia e depressão;
E na minha adstringência,
No meu ser adstringente,
Encontrar o repouso,
A sombra fresca que faltou-me
Nos meus tempos idos;
E na paz do meu caixão,
Não sentir o apertar,
O constranger do espírito,
O restringir da alma,
E só o unir do silêncio com o vácuo;
E tudo que queira me adstringir,
Não chegará ali;
Naquele adro de igreja,
De preferência de igrejinha simples,
Dessas igrejinhas brancas,
Que olhamos nas viagens,
Pelas cidadezinhas do interior,
A ligar o homem diretamente à terra,
Depois de contraído toda mania de homem comum;
De ajustado homem simplesmente,
Sem ser submetido, sem ser adstrito,
E sem ser obrigado a outra vontade
E limitado apenas no físico, mas
Infinito na bonança eterna.

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