terça-feira, 21 de junho de 2011

Ouço o clamor que vem da África; RJ, 0120501997; Publicado: BH, 0210602011.

Ouço o clamor que vem da África,
Clamor do povo africano,
Ouço a lamúria das mulheres,
O choro das crianças, e
Elevo então a Deus uma prece:
Até quando Senhor,
Esse povo vai padecer sofrimento?
Até quando essas crianças,
Vão chorar de dor e medo e fome?
Até quando essas mães,
Sem leite nos peitos,
Vão amamentar cadáveres de filhos?
Até quando tribos inteiras,
Serão cortadas no facão? e
Os ditadores bilionários,
Gordos e saudáveis,
Os filhos a esbanjar riquezas,
A gastar dinheiro,
Que saciaria a fome,
De milhões de crianças?
África negra África,
E imploro por ti,
Fico indignado,
E clamo a Deus,
E espero um dia,
Que a felicidade reine no teu seio;
Ó doce mãe negra,
De muitos e muitos colonizada,
Enriqueceste países longínquos,
Ornamentaste com teus diamantes,
Coroas de reis e rainhas;
Das colonias antigas e modernas,
Das aldeias perto e longe,
Ouço o clamor que vem da África:
E me calo, cheio de indignação
E revolta; cheio de ódio e rancor.

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