sábado, 1 de setembro de 2012

Noturno Nº 32; BH, 0180702011; Publicado: BH, 01º0902012.

Vem vadiar comigo na Aurora Boreal
Vamos vagabundear no espaço sideral
Lá onde nascem os planetas nas
Chocadeiras de estrelas estufas de
Cometas vem ver o encantamento
De sóis o abastecimento da energia
Que alimenta girassóis não tenho
O que fazer sou um bêbado noite a
Fora a procura de bar não tens o
Que fazer teu açougue não oferece
Mais carne fresca osso duro não
Quero mais roer as almas dormem nos
Cemitérios os espíritos rondam necrotérios
A espreita dalgum corpo para reencarnar
Muitos perguntaram-me se o meu cadáver
Estava à venda o que faria para o entregar
O teu também tão bem corroído quanto o
Meu pode te custar alguns tostões tem
Espírito doido para fazer uma armação
Arrumas um jeito aí vamos de carona
Bebas o último gole fumas o último
Trago no cigarro deixes na calçada o
Escarro a marcar o teu ponto de viração
Quando vier o vento vamos seguir
Na contra mão vagabundo respeitado
Vadio de quatro costados alimento-me
De inspiração hoje a noite não está
Fria podemos navegar na fímbria
Da parábola da abcissa que irá nos
Levar ou na inversão dos sentidos
Dos catetos da hipotenusa no
Resultado da equação amanhã
Todos seremos lúcidos à porta dos
Hospícios a pedir a redenção

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