segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Patagônia, 927, 5; BH, 0140802011; Publicado,: BH, 0170902012.

Voais meus passarinhos correis meus animaizinhos
Há queimada na mata alguém botou fogo no mato
Tudo está a queimar a arder vejais a fumaça que se
Levanta no ar a embaçar o azul do firmamento
Desta tarde clara e quase perfeita vamos lá meus
Besouros saiais dos ocos dos paus fujais enquanto
Há tempo o fogo vem ali a lamber a vegetação vem
A subir a colina já descamba pelo lado da vereda
Algum criminoso quer estragar a paisagem daqui
Dá para ver a fumaça os urubus que descansavam
No pé de pau bateram asas as andorinhas sumiram
Agora uma vasta população doutros serezinhos
Será exterminada pela queimada se as joaninhas
Não saírem dali também serão queimadas o fogo
É inorgânico cruel insaciável tem sede de tudo
Que é inflamável tem fome de tudo que pode
Comer a natureza é o prato predileto desse predador
Quando chega numa mata duma floresta faz a festa
Exterminadores dos desmatadores o que não faltam
São pessoas a atear fogo em parques fazendas grotas
Grotões matas florestas outras nascentes vertentes
Que a natureza precisa para poder sobreviver o fogo
Não quer nem saber queima as árvores das montanhas 
As casinhas de sapé os passarinhos que não podem
Voar ou não sabem voar viram cinzas que a deusa das
Cinzas não os pode salvar voais que agora não é o dilúvio
Correis que agora é o fogo não é mais a água que quer vos
Exterminar o que era natureza virou tições carvões cinzas negras

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