segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Patagônia, 927, 6; BH, 0140802011; Publicado: BH, 0170902012.

Quando as sombras sobem os morros no final
Da tarde a noite cai sobre a terra uma tristeza
Sem fim se apodera de mim penso nos meus
Entes queridos idos nos ancestrais nos meus
Antepassados que sofreram bem mais que
Sou sofrido quando se agigantam as
Penumbras as silhuetas da noite metem
Medo nas criancinhas nas histórias de
Assombrações meus avôs me vêm àmemória
Com seus causos seus casos dos tempos que
Não voltam mais para um poeta polegar um
João preso num galinheiro a mostrar o dedo
Ou o outro João que trocou uma galinha por
Três caroços de feijão os fantasmas da noite
São motivos para poesias o poeta quer tirar
Da escuridão as mesmas histórias dos tempos
Da infância em que quando criança ouvia
Das gameleiras assombradas outras árvores
Inocentes que se transformavam em bichos
Papões a tristeza vem pela saudade de quem
Nasceu em cidade do interior teve rio lodoso
Teve tios primos avós principalmente avós
Que nos defendiam nos ensinavam as
Atitudes matreiras suspeitas mateiras
Também quando olho as chapadas já
Encobertas não enxergo as vegetações neste
Entardecer domingueiro de coração de
Mineiro que não sabe é uma pena fazer
Serenata nem sabe outra pena ser seresteiro
Nem mais uma pena boiadeiro com o aboio
Triste a reunir o gado no terreiro chora poeta
Triste derrama tuas lágrimas neste desespero
Amanhã serão outras sombras a ti afogar ou
A lançar tua alma no despenhadeiro

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