domingo, 9 de setembro de 2012

Noturno Nº 43; BH, 0210702011; Publicado: BH, 090902012.

Não amei mulheres não faz mal penso
Que nasci para não amá-las não
Importa amei memórias cadáveres
Espíritos fantasmas amei história
De covardia de violência em nome
Da civilização da religião amei
Índios escravos todos aqueles que
A inquisição mandou às fogueiras
Os templários cruzados passaram ao
Fio das espadas amei as vítimas dos
Sacrifícios dos sacerdotes ensandecidos
Os fetos esquecidos os abortos bem
Sucedidos amei prostitutas putas
Meretrizes todo tipo de mulheres
Convencional não amada amei as vítimas
Dos padres pedófilos dos papas satânicos
Dos pastores empoleirados em milhões
De tesouros atrás dos púlpitos que na
Infância aprendi como local sagrado
Hoje aprendi que o sagrado é o dinheiro
O profano é o que sou sou o que não o
Tenho para pagar a minha salvação
Que desprezo não faço nenhuma questão
De ter estou do lado de todo aquele
Que não tem nenhum tipo de salvação
Os amei todos sem exceção os que têm
Madrugada os que não têm nasci
Para eles não para mim se fico tão
Perturbado é por causa do que deixei
De fazer para arrebatá-los das mãos
Vis dos vilões que usaram abusaram
Da inocência abutres carniceiros que
Por seus instintos vão ao mais baixo
Nível da dignidade humana sem
Nenhuma dignidade com a alma alheia o
Semelhante que os sustentam com o olhar da agonia

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