sexta-feira, 3 de junho de 2011

As lágrimas das lágrimas do meu choro; BH, 030701999; Publicado: BH, 030602011.

As lágrimas das lágrimas do meu choro,
Causaram mais ainda o alagamento,
Dos rios e dos mares e dos oceanos;
E o alagar do meu pranto,
Encheu mais os riachos e os córregos
E os ribeirões; cobriu as lagoas e os
Lagos e os poços, com o líquido das
Lágrimas das minhas lamentações;
Pois a única coisa que posso fazer,
É chorar pelo povo; pelo alagoano, o
Natural de Alagoas e pelo paraense,
Natural do Pará, e por todo o povo
Brasileiro, natural de todos os estados,
Federativos do Brasil; anseio de ver
Todo o povo, vestido a rigor;
Com alamar reluzente e novo, com
Cordão traçado de fio metálico,
Ou de seda pura, que orna e abotoa
A frente de certos vestuários;
Mas o povo pobre e sofrido,
Só sabe alambicar-se,
Com o salário que ganha;
Só pode consumir,
O produto do alambique,
O destilar que torna o pobre
Afetado, por não poder requisitar
O estilo, e tem que ser a cachaça,
Do aparelho conhecido, o
Produto do alambiqueiro,
O que trabalha e o que é proprietário;
E coitado do povinho de rua,
Cada um com o seu trocado,
Para poder tomar a sua.

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