A chegada da minha liberdade,
É agregar-me no teu regaço,
Unir-me à tua alma,
Juntar meu ser ao teu ser,
Anexar a minha mente à tua,
Associar meu espírito ao teu,
Perder tudo de mim,
Em pró de ganhar tudo de ti, e
Deixar de existir em mim,
Para passar a existir só em ti; e
Reunir em mim,
Todas as tuas qualidades,
E passar a ser só tu;
E tu só ser eu;
Uma agremiação de dois,
Clube fechado à infelicidade,
Sociedade aberta ao amor e à paz;
Agremiar em torno de nós,
O útil e o agradável;
Uma assembléia de dois,
Para votar só o que interessa
A nós dois;
Um grêmio de dois sócios,
Onde a agressão não terá vez,
Agressividade não existirá,
E tudo o que for agressivo,
Que agride, ofende, e ataca,
Não terá necessidade,
Pois não existirá agressor
E nem agredido; não haverá
Agressão; só prisão, cadeia,
Masmorra no fundo do coração;
Onde a fuga é impossível,
E a liberdade é cada um,
Aprofundar-se dentro de si
E o ser no outro ser;
Até os dois deixarem de ser em si,
E passarem a ser um só ser,
Um só corpo,
Um só soma,
Uma só razão;
O fim da minha liberdade,
O começo da minha detenção,
É voar junto contigo no mesmo
Pensamento infinito da
Imensidão do firmamento.
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