Coitado de mim por pensar que sou
Algo que se possa aproveitar nada
Mais vejo que coitado de mim que se
Possa de útil tirar; ignóbil flagelado
Índio sem tribo favelado sem barraco
Marginalizado viciado coitado de mim
Bandido assassino estuprador covarde
Sequestrador sem coração sequestrado
Acorrentado vendado em quarto escuro
De fundo de casa abandonada dentro dum
Caixão a clamar ao homossexual que
Saia do caixote a apoiar ao liberado
Coitado de mim que mais quero ser sem
Poder ter sido? a ser o que não poderia
Ser mesmo que tivesse condição não
Passaria de ser humano perdido nas trevas
Na escuridão de buraco negro infinito da
Mais distante galáxia onde a luz não existe o
Tempo é uma pálida lembrança estampada
Numa envelhecida fotografia do passado
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