CDA, Carlos Drummond de Andrade, que
Por muito tempo deixou logo cedo a
Ignorância restrita às torcidas organizadas
De times de futebol, viveu na gentiliza, na
Delicadeza educação e na cultura; nunca
Cometeu um ato de arrogância e de estupidez;
Verdadeiro cavalheiro sóbrio, lúcido e só
Embriagava-se pelo lirismo; morou a maior
Parte da vida, na maravilhosa cidade do Rio
De Janeiro, segunda terra de todos os mineiros;
E penso que não se deixou fotografar de sunga
E nem a cambalear pelos botecos, nem flagrado
A dirigir embriagado, com a habilitação vencida;
E não foi pária, ou parasita do estado de Minas
Gerais, ou do povo mineiro; mineiro exemplar
E foi contra a destruição da natureza pelas
Mineradoras e soube usar muito bem a sabedoria
E a inteligência em benefício da literatura e da
Poesia; em vista de outros mineiros ditos
Famosos, que badalam Rio de Janeiro a fora,
Foi imortalizado numa estátua de bronza, em
Frente ao mar da praia de Copacabana; já
Os banais, por mais que façam como os
Pavões, por mais que procurem os holofotes,
Não brilharão no firmamento, como a estrela
Solitária de CDA, Carlos Drummond de Andrade.
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