Nunca procurei mudar evoluir fazer
Acontecer sempre conformei-me
Aceitei a conformidade normalmente
Se tivesse querido mudança teria
Mudado na adolescência na juventude
Não agora na senilidade aí
Constatar a verdade doem-me os
Complexos nos fundos dos meus baús
Doem-me os meus ossos nas juntas
Nos artelhos é isto o que repito
Nunca quis querer poder conquistar
Nem conquistas nem vitórias me
Aceitei do jeito que sou ninguém mais
Aceitou-me pois viram que era um
Desvirtuado um transviado minha
Fuga não é nada fácil esconder-me
Do estado da sociedade disfarçar-me
Da burguesia da elite o estado me
Oprime não quer curar-me quer
É sugar-me o sangue o tutano a
Medula o suor as lágrimas o pus
Da infecção quer é sugar-me as
Entranhas os organismos os intestinos
Tudo em mim é para o estado entranhar
Não sou suco para ser chupado assim
Pelo canudinho não sou sopa nem
Xarope não sou rapé nem fumo
Para ser fumado não sou cocaína
Para ser cheirada nem droga de
Aplicação na veia mas parecem que
Querem de qualquer maneira que
Passe pelos intestinos sistemas deles
Nenhum comentário:
Postar um comentário