Olho a terra da qual sou feito
Não tenho a qualidade
Da massapé mordo a terra donde
Fui formado o meu gosto é pior
Do que o gosto do torrão que mordo
Bebo o barro que corre em minhas veias
Argila tabatinga o que corre
Nas veias é o barro ralo a lama
Mole como a terra vermelha do
Chão que é meu a carne do
Chão do qual levantei é carne
De primeira carne preta rica argilosa
Muito fértil sem nervos sem ossos
Sem sebos sem gorduras como da
Carne donde vim do pó que foi
Moldado a estrutura em formato
De boneco é uma carne que tem o
Sabor é uma carne vermelha de
Minério de mineral de metal de
Ferro tenho na minha composição
O aço inoxidável enferrujo-me à
Toa olho para a terra que vai me
Comer pois quero ser digerido nela
Quero ser o feto a voltar ao útero
Sagrado de novo no santuário do
Ovário imergido na placenta do
Planeta água com o passar do
Tempo ser de novo terra barro
Argila tabatinga de novo lama
Rara para um outro boneco talvez
Mais feliz talvez livre com as asas da
Liberdade talvez superior morador de
Estrelas visitador de sóis descobridor de
Planetas beijo a terra do chão que me pariu
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