Meu cérebro desperta aí meu cérebro
Minha mente desperta aí minha mente
Minhas memórias minhas lembranças
Minhas recordações minhas nostalgias
Desperteis aí não durmais mais nem
Deixeis-me dormir mantenhais-me
Acordado minh'alma sonolenta
Desperta aí meu espírito modorrento
Ânimo aí meu ser taciturno sorumbático
Meditabundo casmurro enfadonho
Alegra aí minhas multidões que me
Habitais em minhas casas moradas
Moradias façais festas aí dentro de mim
Façais banquetes orgias festins façais
Bacanais surubas toqueis rebus aí
Danceis bebais vinhos muito vinho
Canteis declareis reclameis repliqueis
Embriagueis-vos de todas as bebidas
Profanadas pelos deuses riais sorriais
Gargalheis já escancareis as bocas os
Olhos façais tudo que pudéreis por este
Vosso hospedeiro tristonho agiteis este ser
Melancólico que vive pelos cantos em
Encostos traste velho sem gosto sabor
Sal adoceis este amargo de minha boca
Com as salivas de mel que emanam de
Vossas bocas frescas de singelos hortelãs
Nenhum comentário:
Postar um comentário