Aleijadinho por dentro
Ainda não alcancei a graça de
Antônio Francisco Lisboa o Aleijadinho
Sou um fotógrafo de fumaças um
Construtor de quimeras pintor
De simulacros minh'alma já
Morreu está morta na consciência
O que bate na pedra é o remorso
O alforjeiro que malha o ferro frio do
Alforje na bigorna como um peso de
Eterno pesadelo que não muda o
Destino não atinge a graça da
Felicidade nem retorna à
Realidade ao anseio da verdade
À prisão que é a liberdade perdi
A oportunidade de fazer a mudança
Todos que esperam pela esperança
Esquecem as respostas das perguntas
As soluções dos problemas as resoluções
Que levam à evolução para uma
Vida melhor errei nasci no erro
Continuarei errado a percepção
Passou por mim não a captei
Por falta de responsabilidade fiz
Questão de exterminar a perfeição
Procurei o sótão de dia de
Noite me escondi no porão
Meu medo privou-me de mim
Minha covardia reduziu-me ao que sou
Sombra de esgoto silhueta de
Penumbra ser da treva fria ente
Da escuridão encho de ódio de
Vingança o coração a quem
Espera encontrar em mim uma
Única saída apresento o vazio da mão
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