Cheguei para o Rio de Janeiro em Janeiro de 1974
Lembro-me que foi entre o dia primeiro ao dia dez
Na época fui para a Tijuca na Rua do Bispo onde
Um irmão havia alugado um apartamento no
Carnaval do mesmo ano chegou de Minas Gerais o
Restante da família tempos ruins duros nós
Vivemos até aqui no apartamento não tinha móvel
Nenhum as esteiras serviam de camas a comida
Era pão leite a barra sempre foi muito pesada
Para a família aqui no Rio começou dentro
De casa mesmo o resto da nossa ruína a desunião
O desrespeito eram gerais sem comida sem
Dinheiro um velho TV preto branco que veio de
Minas pão leite às vezes feijão arroz ovos brigas
Macarronada cervejas cachaças íamos a levar a
Vida trabalhei de tudo no que pude trabalhar
Para dar a minha contribuição os garotos menores
Só ficaram mesmo foi com a escola com a cultura
Inglesa um irmão mais ou menos situado
Financeiramente financiava as escolas dos garotos
Chegou até a financiar para mim também mas nunca
Gostei foi quem propôs é trabalhoso contar
Descrever toda a nossa vida na grande Rio de Janeiro
De tudo que se imaginar de bom de ruim aconteceu
Trabalhei de peão vendedor auxiliar de balconista
De serviços gerais trabalhei nada consegui nem
Arranjei com os trabalhos que passei moramos na Rua
Do Bispo por quatro anos mais ou menos depois
Morreu o marido da minha irmã ela com os quatro filhos
Vieram morar com a gente com a morte tivemos que
Mudar para um lugar maior mais amplo para alojar as
Crianças alugamos uma casa na Rua Marechal Marques
Porto às vezes chegava a contar vinte seis pessoas
Entre parentes amigos dentro de casa eram uma
Bagunça uma zona geral papai continuou por muito
Tempo em Teófilo Otoni depois de muitas cartas resolveu
Vir para o Rio arrependeu-se de vir quis voltar o
Pessoal não deixou ficou aqui a padecer contra a sua
Vontade ficou em tempo de ficar louco de ter um ataque
Do coração morreu meu avô César já tinha morrido
Minha tia Lourdes morreram alguns cachorros que nós
Tivemos inclusive um dos cachorros morreu por minha
Culpa não me perdoo até hoje pela morte do dito cachorro
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