Ciranda girândola gôndola
Serenata ao luar para a namorada
Beijos nas mãos nas solas dos pés
Mordidas nos tendões de aquiles
Carícias nos calcanhares moldagens
Em torno dos tornozelos muito
Zelo com o óleo nas telas da pele
Do corpo paisagismos figurações
Impressionismos surrealismos pinceis
Em voga espátulas palmilhas
Palhetas ateliês artista no trabalho
A imortalizar modelos raios de
Estrelas órbitas de planetas sóis
Escondidos areias vidradas nas colmeias
Os favos de mel a abelha rainha
Servida à mesa folhas flores caldos
De frutas restos de pomares vestígios
De quintais montanhas nos terreiros
Ao longe o arco-íris enrosca-se à
Linha do horizonte nos beirais
Telhados velozes janelas voadoras
Árvores corredeiras corações acelerados
Cadê tu que não estás mais ao meu
Lado gondoleiro apaixonado choro o
Oh sole mio no telhado da soleira
Olho desolado a tua sombra oculta
No sobrado o coração quadrado
Pendurado na parede não é mais
Aquele comboio de cordas aceleradas
Aquela diligência de celerados
É um bate estacas desordenado
Pelo engaste da tua imagem no maquinado
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