Falo nenhuma voz sai
Canto não oiço as canções
Quem é esse anão? é Onã?
O que tem na mão? é vida
Ou é morte? qual o estado da
Matéria? solido líquido gasoso?
Penso minha cabeça continua
No lugar não saiu a rolar pelos
Gramados a ser chutada por pés
Reais nem a entrar em redes
Para causar efeitos de gols
Magistrais quem terá orgulho de
Mim? inveja? despeito? quem
Quererá ser o que sou? substituir-me?
Ou imortalizar-me? quem procurará
Por mim no palheiro? me protegerá no
Tiroteio me livrará das balas perdidas?
Ninguém me pergunta nada não
Respondo não me pedem solução
Não tenho crio mesmo as minhas
Profecias presságios maldições ao meu
Respeito crio mesmo os meus
Sonhos para transformá-los em
Pesadelos estigmas calo engulo
Minhas palavras minha língua boca voz
Engulo meus intestinos organismos
Faço flauta dos meus ossos para
Apascentar meus rebanhos estou ao
Pé da colina olhos nas ovelhas
Sinto a relva a poeira nas
Ervas daninhas da beira da estrada
Espero a chuva nenhuma chuva vem
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