E apodrecemos na esteira da vida
E derretemos na fogueira da fornalha
E sumimos na fumaça de simulacros
E afogamos em lágrimas torrenciais
Nesta vida tenebrosa de hoje
E chorar não é a solução
E passamos o tempo todo
A apodrecer no forno
Desta vida cheia de asneiras
E a reclamar na esteira
Que o café está sem doce
E que a água não é filtrada
E tomamos banho na banheira
E sujamos a alma com um ato
E sujamos o espírito com um olhar
E nesta vida parece em vão pedir paz
E impossível pedir amor
E por mais que procuremos
Nada disso encontraremos
Nesta vida terreal de terráqueos alienados
Sem a paz
E sem o amor
E a morte é fatal
Espírita e corporal.
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