Renata
Quando encostei
A minha boca porca em ti
Senti os meus lábios
A machucar tua pele
Senti os meus beijos
A ferir a tua carne
A encher de manchas
A tua alvura imaculada
Minha boca imunda
Devorou a tua boca
Renata
Quando encostei
Os meus lábios rachados
Com gosto de sangue coagulado
Em tua pureza
Fiquei até envergonhado depois
Um beijo sujo
Um beijo podre
Com gosto sifilítico
Duma boca suja
De hálito infernal
Apagar o teu hálito celestial
E todos os anjos que estavam
No céu da tua boca
Fugiram aterrorizados
E ficaram só os demônios
E ficaram só os capetas
E tua boca virou inferno
Renata meu amor
Faças de mim um anjo
Outro beijo deste
E estarei no céu
No céu da tua boca
Cura as feridas deixadas
Pelos meus desejos
Desejo de ti
Desejo de Renata
Desejo de ter Renata.
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