domingo, 5 de junho de 2011

Ando pela cidade; RJ, 060401997; Publicado: BH, 050602011.

Ando pela cidade
Vejo a cada dia que passa
O aumento da miséria Da
Pobreza da desgraça vejo as
Favelas os barracos as casas
De pau-a-pique os homens as
Mulheres que mais parecem
Espantalhos animados ou
Movidos à pilhas vejo
Crianças macabras que
Fuçam o lixo a lama
Alimentam-se de sobras
De lavagens que os porcos
Rejeitam vejo os porcos
Engravatados passam rápido
Depressa correm nem olham
Para os lados vejo os carros de
Luxo chiqueiros confortáveis
Cheios de porquinhos todos
Bonitinhos bem cevadinhos
Alimentados felizes não têm
Com o que se preocuparem
Sabem que são os causadores
De todo o desequilíbrio social
Pelo qual sofremos pagamos
Tanto mas não movem uma
Palha para diminuir o abismo
Que existe entre eles nós são
Cada vez menos nós cada vez mais
Mesmo assim não nos agradecem

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