Favelas de barracos pendurados nos morros
Linhas de teias de aranhas os sustentam no
Espaço o vento passa impiedoso entre
Paredes esburacadas a chuva cai cavernosa
Nos tetos de peneiras um barulho
Ensurdecedor os barracos balançam soltos
No ar as famílias dormem embaladas
Parecem que estão num berço com uma
Canção de ninar de repente rui tudo lama
Entulho lixo lá ladeira abaixo tudo é uma
Coisa só favela barracos famílias só água
Lama entulhos detritos gritos de
Desespero de alguém que ficou
Pendurado agarrou-se em nada conseguiu
Não descer junto não foi enterrado vivo
Ficou como testemunha de ter como herança
A tragédia da noite para narrar os fatos como
Foram que aconteceram o mundo se derreteu
A paisagem mudou-se o sonho de ver o céu
No chão acabou-se ali numa noite de chuva
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