Quero ver em minha frente uma prostituta
Ou uma meretriz de verdade
Ou mesmo uma puta de baixa fama
Do que ver uma linguaruda
Ou uma fuxiqueira
Que bate com a língua
Tudo fala e que ouve e que vê
E penso que a mulher pode ser tudo
E aceito a mulher do jeito que a mulher é
Mas fazer fuxicos de mexericos
E soltar a língua no que não pode
E no que não deve
Ninguém aceita mulher assim
E mulher desse jeito
É a mais rasteira que existe
É a que vê as coisas e ouve as coisas
Mas não sabe guardar para si
E por isso que digo
Que prefiro ter uma ladra
Ou uma assassina mercenária
E cafetina e tudo o mais
Do que ter uma mulher
Que não tem o que fazer
E vive a falar da vida alheia
E dos problemas dos semelhantes
Justamente o que não tem nada a ver
E que ninguém tem nada com isso
E penso que o maior defeito numa mulher
É ser linguaruda fuxiqueira
E por isso mesmo que me lembro
Do velho ditado da minha velha mãe
Caveira quem te matou?
Foi a língua meu senhor
Língua também mata.
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