Entrei em um buraco,
E não encontrei o fundo,
Não havia luz,
E tudo estava escuro;
As pessoas passavam,
E não me viam,
E queria mesmo,
Mais do que nunca,
Ser visto pelas pessoas;
E me debatia,
E me balançava,
E me mexia todo;
Porém o mundo era cego,
E eu era míope;
Mas estava sem óculos,
Na queda os quebrei;
Quebrei também a espinha,
Os braços, e as pernas;
Quebrei o corpo todo,
Todo e inteiro;
Permaneci ali,
No fundo do buraco,
Que abri na parede,
Com a minha cabeça dura.
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