quarta-feira, 25 de maio de 2011

Manuel Bandeira, Dentro da Noite; BH, 0250502011.

Dentro da noite a vida canta
E esgarça névoas ao luar...
Fosco minguante o vale encanta.
Morreu pecando alguma santa...
A água não para de chorar.

Há um amavio esparso no ar...
Donde virá ternura tanta?...
Paira um sossego singular
Dentro da noite...

Sinto meu violão vibrar
A alma penada de uma infanta
Que definhou do mal de amar...
Ouve...Dir-se-ia uma garganta
Súplice, triste, a soluçar
Dentro da noite...

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