Um agasalho por favor,
Preciso me agasalhar,
Pode ser uma peça de vestuário,
Para proteger do frio,
Do vento e da chuva;
Quero um abrigo, um abafo,
Pois a separação,
Causou meu agastamento,
Molestou-me demais,
Irritou-me os nervos e os músculos;
Não posso agastar-me, nem
Aborrecer-me ligeiramente,
Enfadar-me com as coisas,
Que me cercam no cotidiano;
Aqueles olhos de ágata, como
Variedade de quartzo,
Não cristalizado e com camadas,
De cores diversas;
Aqueles olhos agateados,
Olhos azulados,
Como os do gato,
São os que me fizeram agatanhar,
Brigar com todo mundo,
Arranhar as pessoas,
Unhar os outros; e o que é isso?
Sou eu mineiro,
A querer dar uma
De machão gaúcho,
A querer agaúchar-me,
De faca e facão,
De bombacha e tacão, a
Adquirir hábitos que não são meus,
Modos estranhos ao meu comportamento, e
Tudo por causa de um olhar;
Um rosto bonito,
Que me virou ao avesso,
Me deixou sem tomar banho
E sem escovar os dentes,
Nu no meio da rua de noite,
Noite fria, de inverno rigoroso.
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