segunda-feira, 30 de maio de 2011

(Modinha XLVI); Publicado: BH, 0300502011.

Ninguém mais entra aqui;
Não sei mesmo,
O que é que,
Fiz de errado;
Até o carteiro,
Que sempre é bem-vindo,
Passou ao largo,
E virou a cara,
Para o outro lado;
Abandonaram-me,
E sou um cara,
Que abandonado,
Desespero-me muito rápido;
Querem me ver morto,
Acorrentado nesta cadeira,
À espera que aconteça,
Alguma novidade;
À espera que alguém,
Entre porta a dentro,
A comprar-me alguma coisa,
A comprar-me a casa toda,
A comprar-me tudo:
Até mesmo meu coração.

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