Meu cavalo alazão,
Que tem a cor de canela,
Fugiu pela cancela;
Por isso em todo amanhecer,
Quando o dia vem se aproximar,
Canto esta antiga composição,
Que tem o tema lírico;
Ao aparecer a Alva,
A alba da manhã bem cedo,
No romper da aurora
Para pescar albacora,
Um peixe semelhante ao atum,
Também tão gostoso,
Quanto ele só;
Depois de pensar na vida,
Pensar nos irmãos que pelo mundo,
Sofrem as cruezas e as durezas,
Que o destino teima,
Em atravessar nos caminhos;
Penso no meu irmão albanês,
O natural da Albania,
Ou o de Kosovo,
Que tem a mesma linha falada,
Pelo próprio albano;
Penso no irmão africano,
Palestino, cambojano, e muitos outros;
Como sou albardeiro,
Faço imperfeitamente meu ofício,
Não posso pensar em tudo,
Sempre vou falhar,
Sempre vai faltar alguém,
Uma nação ou um povo,
Que sofre injustiça e extermínio,
Igual ao povo cubano; isso
Que é como as aves,
Que não podem pensar; e
Não podemos pensar em todos elas,
Sempre faltará uma ave,
Um pássaro que não lembraremos,
Tipo o albatroz,
Ave marinha de grande porte,
Pertencente à família dos diomedeídos,
Ave que em meu pensamento,
Nunca passou a ideia de existir;
E hoje peno por ela,
Como peno pelo meu alazão,
E pelos povos da terra.
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