A minha preocupação maior,
É fazer uma obra de arte,
Que venha a se transformar,
Numa obra-prima,
Num exemplo raro,
De obra clássica e antológica;
Como não tenho a perfeição,
Não tenho o dom da inspiração,
Nem o crivo da qualidade,
Paro no meio do caminho
E tudo o que faço,
Cai pelo chão;
É espalhado pelo vento
Ou levado pela água da chuva;
Tragado pela terra
Ou diluído pelo ar;
Morre tudo antes de nascer,
Antes de se firmar,
Antes de se classificar,
Como qualquer tipo
De obra que seja;
E me perco na ilusão,
De que construo algo,
Florido e frutuoso,
Quando na realidade,
Nem mesmo sei,
O que acabei de fazer;
E espero que um dia,
Deus compreenda,
Que mesmo sem ter
Nada na vida,
Tenho na vida tudo.
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