O que me põe desesperado,
É quando penso,
Na herança que vou deixar
Aos meus filhos;
O que me faz entrar em pânico,
É quando penso,
É o que me põe deprimido;
É o tempo que perdi,
Sem estudar e sem querer,
E sem me preparar para a vida;
E assim mesmo,
De olhos vendados,
Ainda constitui família;
Sem ter condições,
De melhorar a situação
Da minha vida
E da vida das pessoas
Que vivem sob
Minhas responsabilidades;
E neste ponto,
O destino é ingrato,
O destino é cruel,
Ao nos prostrar todos os dias,
Perante as nossas fraquezas,
Perante os nossos defeitos,
Percalços e limitações;
E não existe nada,
Que nos faz emergir,
Que nos faz respirar,
À tona d'água.
Nenhum comentário:
Postar um comentário