Busco desoprimir as emoções que querem estrangular-me
Busco sensações a aliviar os sofrimentos
Soltar os pensamentos
Desligar do ajoujo
Igual aos animais
Busco desunir-me da vida material
Desajoujar os sentimentos que querem ferir-me
Matar ocultar tudo que parte de mim
Tornam-me inconveniente
Dizem que não é assim
Tornam-me indecoroso
Falam que é ruim
De teor desairoso
Que só causam-me o desdoroso
Vexame nas esquinas
Falta de decoro nos bares
Inconveniência nas ruas
Que sigo sempre vazio de elegância
De distinção
Realmente, tento afastar o
Desaire tento viver longe do que quer
Tirar o merecimento do que sai de mim
Que posso fazer para não desairar? não
Gritar enraivecido como o falcão privado
De carne? querem amansar-me ao privar-me
De mim não deixarei que venham
Desairar-me em hipótese alguma
Não sou uma doença nos cascos dos
Cavalos não sofro de desainadura
Um ser a agastar-se com outro é fácil
Um ente a contender a rixar é mais fácil
Ainda uma pessoa desaguirar com
Outra é rápido o difícil é amar
É despejar-se em elogios vazar-se
Para encher um semelhante descarregar-se
Lançar-se entrar em alguém
Igual a água dum rio no mar
Num lago ou no leito doutro rio
Podes enxugar as tuas lágrimas não
Chorarei mais por mim podes esgotar
A água do teu corpo não irei desaguar
Em texto algum um dia irão talvez
Dissociar-me alguém quererá imagino
Desafrontar-me vingar as injustiças
Que sofro a emendar o agravo do
Juiz inferior ao dar provimento com
Satisfação ao reparar a ofensa o insulto
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