sábado, 24 de junho de 2017

Sinto pena do soberbo apiedo-me; BH, 0140402001; Publicado: BH, 01º0902014.

Sinto pena do soberbo apiedo-me
Do altivo ao que liga pouca importância
Ao amor à paz esse então não é nem capaz
De angariar caridade de mim o desdenhoso
Em que tem há desdém em tudo só espero
O dia em que o ver menoscabar motejar
Diante do carrasco desprezar com altivez o
Que apertará o gatilho nessa hora passará
Não irá mostrar afetação nem desdenhar
Será o fim do desprezo com orgulho quererá até
Reabilitar-se porém o gatilho já foi apertado
A bala já saiu pelo cano em direção ao
Seu coração desde já não há como a evitar
A começar daí é só cair a partir desse
Momento será o fim do movimento
Doravante é expulso da natureza nesse
Instante param os elementos inicia-se o
Descurar o não amar o real desprezar o total
Abandonar o iniciar-se o não tratar chora
O último choro como se fosse desculpável
Fala como se fosse alguém que pode ser até
Desculpado mostra intenção de ser perdoável
Aí vai pretextar a Deus a pensar que Deus vai
Perdoar justificar escusar as ações pensa
Que Deus é de destruir atenuar a culpa
De quem nunca soube desculpar alguém
Implora desculpa mostra ausência de
Culpa pede perdão fala em escusa em
Pretexto em vida sempre agiu com descuido
A frisar o esquecimento a apelar à inadvertência
A espalhar a negligência com falta de cuidado
De atenção de descuido ao pensar que
Com o seu coração nada poderá acontecer
Veja aí veio o gatuno que age a aproveitar
De distração da vítima zás delapidou o peito
Do incauto surrupiou a alma do descuidado
Era um descuidista que não vive a relaxar-se
Não anda para desprevenir-se fica só a distrair
Como a não fazer caro pega o que só sabe se
Descuidar a retratar sem cuidado leva para
O buraco negro a boca de forno a chaminé de
Fumaça adeus desleixado adeus precipitado
Que tinha o ar tranquilo o espírito cruzado
Agora para descruzar-se para separar-se dos
Fantasmas do limbo lá não há como descriminar
Não dá para viver com descrição ser descritivo
Lá serás difícil absolver-se de qualquer crime
Inocentar nem pensar representação ou pintura
Dalguma coisa? não fala ou escrita não traçar
Plano de fuga nem se expor contar
Minuciosamente narrar a vida sem emoção

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