terça-feira, 6 de junho de 2017

Plantei bananeiras dei estrelas caí de bunda; BH, 070502017; Publicado: BH, 060602017.

Plantei bananeiras dei estrelas caí de bunda
No cimento igual a um anjo torto que caiu do
Céu depois de levar também um pontapé
Certeiro na bunda continuei o mesmo que
Não faz nada de descomunal pois de que
Adianta ter os dois braços não ter espírito
Ter as duas pernas não ter alma ter uma
Cabeça não ter uma entidade ter peito
Não ter um ente ter um corpo não ter ser?
De que adianta toda claridade da luz do dia
Para o animal que não tem luz própria? vive
De inveja do vaga-lume do pirilampo do cu
De luz? escorreguei em escorregas nadei em
Rios de esgotos fumei baganas bebi restos de
De copos de desconhecidos só não comi de
Lixos tal a um mendigo não avancei uma
Casa no jogo da vida não acumulei um centavo
Nas minhas contas correntes todas correram
Léguas de mim na minha frente uma morte
Que será sem blandícia será a minha uma
Morte sem prebenda num caixão de sabão
Mossoró sem atavios adornos um cortejo sem
Mistérios sigilos no lugar das carpideira
Os apupadores os vaiadores zombadores
Escarnecedores será uma morte de ímpio
De néscio com cadáver nada impoluto ou de
Antológico será o enterro do inimigo público
Número um da humanidade inteira terá
Um lado bom será a morte da inconsciência
Da estupidez da ignorância da idiotice da
Bizarrice da morbidez da bisonhice com
Isso a raça humana ficará mais enriquecida

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