Leio escrevo falo e escuto porém
Não consigo superar o desentendimento que
Impera dentro de mim ando sou livre
Rio viajo como bebo não venço o tal
Desconserto que escondo no íntimo
Quanto mais tento acertar mais vejo o
Desacerto apertar-me o pescoço sinto o
Desconjuntar engasgado na goela o
Intestino desarranjar-se à toa o organismo
Desconsertar-se ruir igual a um esqueleto
Desconjuntado dum corpo desarranjado
Dum espírito desconsertado preciso
Acostumar-me desacatar a alma
Preciso afastar o que quer ofender-me
Esconjurar-me tudo age para desconjurar
O simulacro que me forma só sabem fazer
Imitação reprodução imperfeita falsa
Aparência fingimento tirar-me fora
Das juntas ao deslocar-me das articulações olhar
Enquanto me vejam desfazer-me em espectro
De luz tudo por causa da ingratidão da
Ignorância que mantenho a morar no cérebro
Por falta de conhecimento da mente de
Desconhecer da memória faço tudo que
Manda o figurino só não consigo desde menino
Afastar o desconhecimento que apaga o
Meu tino que torna-me pessoa sem credenciais
Estranha ignorada de aspecto incógnito
Que não é conhecido desconhecido até
Por si próprio não é de estranhar não
É de ignorar é para não conhecer mesmo o
Bom fluído do trânsito livrou de congestão a
Descongestionar as entranhas com medicamento
Descongestionante que descongestiona os ossos
Os nervos a medula os líquidos a liquefazer
O que estava congelado derrete o iceberg a
Descongelar as geleiras seculares do ser ai
Por minha fé acabar do desânimo pôr-me
De pé chega da falta de conforto basta de
Desconsolo pois o desconforto limita o
Ilimitado é o que é o desproporcionado o que
Não é conforme com nada é desconforme com
Tudo não conhece o impossível nem a dor
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