Porque escreves tanto assim rapaz?
Chega já é demais é que procuro no escuro
A consagração das minhas letras a perfeição
Das minhas palavras nas trevas frias se
Procurasses ouro prata incenso mirra
Encontrarias em manjedouras de estrebarias
Há os que procuram pérolas no meio dos
Porcos conforto no meio dos ratos holofotes
Entre os mortos prefiro esmiuçar as infinitas
Letras contar as incontáveis palavras
Queres muito pouco ou quase nada melhor
É contar dinheiro o restante é poeira na
Estrada contarei estrelas que valem mais
Colecionarei universos a ti deixarei os
Bens materiais fala como se fosses profeta
Sacerdote superior assecla dalgum deus
Conclusões tuas tenho medo de tornar-me
Também um iscariote a engolir moedas
Como se fosse um cofre tenho é pena de ti
Pobre diabo não tens nem o que comer
Queres embriagar-te? com toda licença
Poética sem falsa modéstia na poesia nem
Só de pão vive o homem não transformarei
Água em vinho como querias compilas
Versículos alheios se queres pelo menos a
Altura do urubu tira tu algo novo do baú
Estás a cobrar-me como uma cobra a ser
Exigente tal a uma serpente vil igual a um
Réptil comigo não é assim tudo flui
Naturalmente mentes igual a todo mentiroso
Não respeitas velho a tua idade mentes
Até quando falas a verdade? todos fingimos
Nunca quis dizer que seja dono de nada
Quanto mais da verdade não perderei mais
O meu tempo com quem não pode dar-me
Nenhum perdeste tempo porque quisestes
Por ventura nas minhas reminiscências
Prometi-te algum? afasta-te com teu bodum
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