Um anjo falou para mim assim
Nada escreve-se de novo nem nos céus
Nem na terra tudo já foi dito ditado
Citado nada é novo o que pensas escrever
Já foi escrito então porque vives a pedir-me
Escritos escrituras? milhares escreveram
Todas as orações salmos hinos períodos
Artigos só compilações surgem fiquei
Sem letras palavras diante do anjo não
Tive mais fé ousadia audácia coragem
De pedir-lhe uma poesia perdi a
Segurança a garantia a confiança
Criança não pedi o poema desejado o
Anjo ralhou comigo ameaçou surrar-me
Expulsava-me com espada de fogo
Como se fosse um Adão
Estigmatizava-me com tatuagens
Como se fosse um Caim
Vomitava-me como se fosse um
Jonas dizia-me que não era um
Bom semeador que demoraria para
Que assimilasse um contexto de
Critério fiquei com raiva briguei
Com o anjo não deixei-o voltar para
O céu aleijou-me fiquei manco para
O resto da vida a arrastar um pé atrás
Doutro a não dar um passo para a frente
Distrai-me o anjo fez uma escada do
Nada fugiu para o céu junto com os
Outros anjos que gostam de vadiar pelos
Universos a envolverem-se com alienígenas
Alienistas pousei a cabeça numa pedra
Procurava descansar os pesadelos saltitam
À minha frente a expulsar os sonhos do meu
Sono não dormi com a madrugada o
Sol pegou-me com as calças nas mão Arthur
Bispo do Rosário emprestou-me o Manto
Real rezei um terço aos loucos de nascença
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