Despir
o silêncio
Geladeira geme em
triste e monocórdia língua
pés desavisados evitam elevador
levitam monótonos compassos nos degraus da escada
lápide que encerra o nada
som de privada
vida e não vida escorrem por passos
sufocam sons espasmódicos
veias e artérias entupidas de colesterol
um cão inconformado
“que de hora em hora me arranca um pedaço”
seu balsar alado rompe pela soleira da porta
seu modo de dizer seu compasso
sua solitária contribuição de cão
minha vida inútil na coleira.
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